Blog dedicado a idéias que seriam realizadas caso eu pudesse ser prefeito de Belém.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Trânsito - Vans
Começo o post citando uma frase do presidente do Sindicato dos Taxistas de Belém em reportagem feita pelo o Diário do Pará em 10/12/2009:
"Nós temos que atender toda a cidade, muitas vezes em locais cujo poder aquisitivo da população é menor e não é suficiente para se utilizar o serviço de táxi com frequência. Além disso, ainda temos que conviver com o perigo diariamente".
Bem, para resolver esta situação existe uma proposta de criação do taxi-lotação. Gostaria de dizer que sou contrário ao taxi-lotação porque a proposta é contrária a própria razão de ser do taxi como meio de transporte:
1. Não agradaria a mim por exemplo, dividir um taxi com estranhos, ainda mais em tempos violentos que encontramos em nossa cidade;
2. Como se estabeleceria a cota de pagamento para cada passageiro? Preço fixo?
3. Taxi pela própria essência não é ônibus, não pode ter rota fixas e nem paradas. Já imaginaram o caos de diversos taxis fazendo a mesma rota pela cidade e parando juntos nos mesmos lugares?
Veículo de transporte coletivo por excelência é o ônibus, metrô, metrô de superfície, etc. Esse tipo de solução é paliativa para atender a uma classe que seria a do taxista que quase não consegue corridas, ou seja, não tem como se sustentar devido o excesso de taxis e preço caro desse transporte em Belém. O prefeito precisa atender o bem-comum da população em senso geral na cidade, e não o desejo de uma categoria.
Infelizmente sabemos que o transporte público de Belém é bastante ruim e insuficiente para atender a população, principalmente aqueles mais humildes que moram em zonas periféricas. Por conta disso, proliferam na cidade taxis irregulares, que não obedecem taxímetro e tem que se sujeitar aos perigos de certas corridas, ou as famosas vans irregulares, que atendem a população mais humilde em horários em que o ônibus não existe.
Bem, como proposta para a situação das vans e dos simpatizantes ao taxi-lotação, e como possibilidade de em parte atendê-los, sugiro a regulamentação de uma vez por todas das vans em Belém, de modo sério e não tão inovador assim:
1. Permitir concessão aos motoristas de vans através de sindicato, com critérios para tais concessões estritamente definidos:
a) Quantidade de vans na cidade rigorosamente estabelecida;
b) Selo de qualidade do transporte, ou seja, só teria concessão aqueles que apresentarem um transporte em boas condições;
c) Motorista totalmente regularizado.
2. Estabelecer horários de funcionamento do serviço, assim como itinerário e paradas, para que as vans não tenham atitude de carro de passeio e parem onde bem entendem, atrapalhando o trânsito. Deixo claro também que a quantidade de paradas e horários das vans seriam muito menores em relação as paradas e horários de ônibus, pois esse sistema de transporte tem que ser entendido pela população como auxiliar e não principal.
3. Estabelecer valor da passagem, de acordo com critérios relativos ao preço da passagem de ônibus de maneira que esta seja sempre mais barata.
4. Preferencialmente as vans atenderiam as regiões periféricas da cidade até certos limites dentro do centro, para evitar caos no trânsito.
5. Arrecadação centralizada do pagamento através de passe único: ônibus - van, o que permitiria ao passageiro a conexão entre os dois meios de transporte. Venda de passagens nas bancas de revistas, padarias, loterias, etc. (isso também já existe em outras cidades). O "proprietário" da van receberia uma espécie de salário mensal que seria suficiente para custear gastos com combustível, pagamento do leasing ou da manutenção do veículo em caso de veículo particular, e próprio sustento.
6. Aos trabalhadores com transporte em condição inadequadas, ou ex-taxistas, a Prefeitura tentaria viabilizar um leasing com preços mais acessíveis o trabalhador, para que ele pudesse concorrer à aquisição de concessão.
7. Ao final, tentar transformar esse sistema (em longo prazo) em um sistema público de concessão única, onde os trabalhadores não seriam empresários com seu próprio negócio (van), mas sim funcionários desta única concessão, que seria a mesma concessão da frota de ônibus. A longo prazo também as vans seriam substituídas por micro-ônibus. Vide reportagem sobre micro-ônibus substituindo vans.
8. Criar alternativa de trabalho para aqueles que não se sustentarem no trabalho como taxista ou motorista de van, visto que é visível uma saturação nesse mercado. Propor cursos profissionalizantes para os sindicatos, parcerias com empresas, indústrias, etc., mostrando ao trabalhador que existem outros ramos de trabalho que ele possa atuar.
Bem, resolvi escrever mais de um post hoje já que a Ctbel resolveu atuar no que diz respeito aos taxis. Assim a prefeitura entende que não é o bastante o que está sendo feito.
Bem, nos vemos na próxima semana!
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