Olá internautas,
Começo o post de hoje (que faz parte da série trânsito de Belém) expondo diversas notícias sobre o assunto que resolvi debruçar-me; o problema que enfrentamos com o tráfego de Caminhões pelas ruas de nossa cidade:
1. Como primeira notícia, posto um link para a lei municipal que trata do trânsito de veículos de carga pesada, do ano de 1996. Como vemos a lei já te 14 anos, e creio eu que nunca foi obedecida. A Ctbel argumenta ser impossível fiscalizar, devido os horários ( É claro, naqueles horários os nossos guardas de trânsito devem estar nas esquinas em duplas como batman e robin a multar os carros particulares, afinal é mais lucrativo para prefeitura, já que o cidadão comum tem mais dificuldade de se defender judicialmente dos abusos do nossa querida secretaria de transportes).
2. Como segunda notícia, direto apresento uma tentativa dos nossos advogados públicos de defender a prefeitura e protelar o cumprimento da lei, com o argumento mais ridículo possível. Me interrogo onde esta o interesse da prefeitura. No bem-comum da cidade? A prefeitura está interessada em melhorar o tráfego nos horários de pico da cidade? Ou pela melhoria do ar que respiramos? Ou está interessada novamente em ficar de braços cruzados para não atingir os interesses de determinada categoria, deixando de lado o bem-comum da população? Talvez seja uma fuga de trabalho, pois com a proibição da entrada dos caminhões na cidade, a CTbel teria que trabalhar mais não só na fiscalização como na criação de infra-estrutura e estratégias para a logística daquilo que os caminhões trazem para Belém (afinal não podemos esquecer que eles tem também uma importância impar na manutenção da economia da cidade e não pode ser deixados de lado, simplesmente penalizados). Porém não cabe a justiça criar essa infra-estrutura e estratégias, cabe a ela apenas o julgamento do que está sendo cumprido ou não na lei. O problema é que se Montesquieu fosse em Belém o coitado ficaria decepcionado com a bagunça que existe na relação entre os três poderes: a câmara não legisla, quer ter poder executivo ou judiciário; a prefeitura não executa nada, portanto a justiça tem que tomar conta deste serviço também e para concluir, o executivo quer legislar e julgar para se auto-beneficiar. Quem acaba sobrecarregado nesta história é o judiciário, que tem que tomar conta do seu serviço e dos colegas. Que bagunça!
3. E a novela continua: O Diário do Pará faz o esforço de demonstrar que está tudo bem agora... Os horários mudaram, e agora teoricamente a Ctbel fiscaliza tudo. É suficiente? Pergunte a quem teve o desprazer de dirigir ou andar de ônibus nos corredores autorizados ao tráfego de caminhões... Não recomendo a ninguém em sã consciência. Os próprios motoristas dos camihões se cansam muito mais com os engarrafamentos infindáveis no entroncamento e vias exclusivas ao tráfego de veículos pesados. E a prefeitura finge que está tudo ótimo!
4. O Liberal claro que tem que demonstrar a insatisfação do empresariado: A notícia cita que para cada caminhão são necessários 7 em circulação na cidade para a devida substituição e isso não ajuda a diminuir o trânsito, pelo contrário. Essa iniciativa também colabora com o encarecimento dos produtos (já superfaturados...) . Bem não entremos no mérito disso ainda porque terão outros posts, mas sabemos que Belém é uma das capitais que tem o custo de vida mais alto do país. Os produtos na cidade são descaradamente superfaturados (por diversas justificativas, ou talvez pela ausência de grandes franquias competitivas como casas Bahia ou Carrefour), e além do mais, qualquer coisa que atinja o bolso do empresariado local faz essa categoria tremer de medo de diminuir seus lucros exorbitantes. É claro que se está proibido caminhão grande, não podemos encher a cidade de caminhões pequenos, porém sai mais barato do que pagar hora-extra noturna, não? Outra coisa relevante é que em qualquer grande cidade do Brasil, como Belo Horizonte por exemplo, há bastante tempo não é permitido o ingresso de caminhões e o custo de vida não é assim tão desproporcional à renda média do cidadão. Conversa fiada...
Bem, encerrada a fase de exposição do problema, vamos às propostas:
1. Criação de vias alternativas de ingresso na cidade: Sabemos que a única entrada na cidade é o entroncamento (vide mapa), e isso dificulta a fluidez do tráfego;
2. Criação de anel rodoviário, que seria uma rodovia dedicada aos caminhões e carretas, sendo esta construída em forma semi-circular, abraçando a cidade de norte a a leste. Nos diversos quilômetros desta rodovia, além da presença de postos de gasolina para acolher os caminhoneiros, concessão de espaço para construção de galpões das diversas empresas da cidade;
3. Como medida paliativa, seria mantida a lei atual até o encerramento destas obras. Após, proposta de lei municipal proibindo qualquer tipo de caminhão de transitar na cidade durante o dia (assim os caminhões pequenos estariam fora também do jogo). À noite, permissão somente aos caminhões pequenos.
4. Apoio da Prefeitura em prol da quebra do monópolio das redes de Supermercados de Belém, que hoje são praticamente 3 grupos, para a chegada de redes de franquias nacionais e mundiais. O que seria bom para o bolso do cidadão comum, já que a competição impediria o aumento dos preços devido "às mudanças exageradas nas regras de tráfego de transportes pesados na cidade".
Qualquer dúvida ou crítica às propostas, comente!
André Gaby
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